Encerro-me em minha lira triste:
Numa sala escura ouvindo Chopin
Aos versos da vida, cosido o afã
Enterrando os sonhos de que um dia riste
É o que fica à crítica comparada
Não mais do que um pranto em verso
Derivações prefixais, sentença ao inverso
Assim (d)escreve minh’alma inacabada
Não muitas notas e logo virá o ocaso
Preludiando, de meu ser, o fim...
Enquanto arranco poesia dum fosso
O tempo fez de mim um homem raso
Sem quimera alguma, encerro-me em mim
Engolindo os sentimentos junto ao almoço...
OBS: A série de poemas que tenho publicado pertencem a meu livro "Experimentações" que, em breve, será lançado.
Muito lindo!
ResponderExcluirAdorei as imagens de arrancar poesia de um fosso e de engolir os sentimentos junto ao almoço. Os paradoxos estão muito bem construídos. Já pensou em retirar as últimas reticências? Ficaria um final mais "seco", eu acho.
Uma dos meus poemas favoritos até agora. Seu livro vai ser ótimo.
Só espero que o eu-lírico não seja o poeta ;D
Grande Pablo!
ResponderExcluirUm escritor com um talento inefável...Promete ser um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea.
www.adolphkliemann.blogspot.com
Iae Pablo! Conferindo o blog do Ed, vi seu blog.
ResponderExcluirMuito legal a iniciativa de vocês!
Deem uma neste site também: www.hollowgrounds.com.br e tentem se ajudar na divulgação!!
=D
Cristina